segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O AI-5 GAY JÁ COMEÇA A SATANIZAR PESSOAS; SE APROVADO, VAI PROVOCAR O CONTRÁRIO DO QUE PRETENDE: ACABARÁ ISOLANDO OS GAYS


O reverendo Augustus Nicodemus Lopes, chanceler a Universidade Mackenzie — homem inteligente, capaz, disciplinado na sua fé e respeitador das leis do país; sim, eu o conheço — está sendo alvo de uma violenta campanha de difamação na Internet. Na próxima quarta, grupos gays anunciam um protesto nas imediações da universidade que ele dirige com zelo exemplar. Por quê? Ele teve a “ousadia”, vejam só, de publicar, num cantinho que lhe cabe no site da instituição trecho de uma resolução da Igreja Presbiteriana do Brasil contra a descriminação do aborto e contra aprovação do PL 122/2006 — a tal lei que criminaliza a homofobia (aqui). O texto nem era seu, mas do reverendo Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil. A íntegra do documento está aqui. Pode-se ler lá o que segue:

“Quanto à chamada Lei da Homofobia, que parte do princípio que toda manifestação contrária à homossexualidade é homofóbica (…), a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre a homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos”.

Respondam: o que há de errado ou discriminatório nesse texto? A PL 122 nem foi aprovada ainda, e as perseguições já começaram. Vamos tornar ainda mais séria essa conversa. Há gente que gosta das soluções simples e erradas para problemas difíceis. Eu estou aqui para mostrar que há coisas que, simples na aparência, são muito complicadas na essência. Afirmei certa feita que o verdadeiro negro do mundo era o branco, pobre, heterossexual e católico. Era um exagero, claro!, uma expressão de mordacidade. A minha ironia começa a se transformar numa referência da realidade. A PL 122 é flagrantemente inconstitucional; provocará, se aprovada, efeitos contrários àqueles pretendidos e agride a liberdade religiosa. É simples assim. Mas vamos por partes, complicando sempre, como anunciei.

Homofóbico?

Repudio o pensamento politicamente correto, porque burro, e o pensamento nem-nem — aquele da turma do “nem isso nem aquilo”. Não raro, é coisa de covardes, de quem quer ficar em cima do muro. Procuro ser claro sobre qualquer assunto. Leitores habituais deste blog já me deram algumas bordoadas porque não vejo nada de mal, por exemplo, na união civil de homossexuais — que não é “casamento”. Alguns diriam que penso coisa ainda “pior”: se tiverem condições materiais e psicológicas para tanto, e não havendo heterossexuais que o façam, acho aceitável que gays adotem crianças. Minhas opiniões nascem da convicção, que considero cientificamente embasada, de que “homossexualidade não pega”, isto é, nem é transmissível nem é “curável”. Não sendo uma “opção” (se fosse, todos escolheriam ser héteros), tampouco é uma doença. Mais: não me parece que a promiscuidade seja apanágio dos gays, em que pese a face visível de certas correntes contribuir para a má fama do conjunto.

“Que diabo de católico é você?”, podem indagar alguns. Um católico disciplinado. É o que eu penso, mas respeito e compreendo a posição da minha igreja. Tampouco acho que ela deva ficar mudando de idéia ao sabor da pressão deste ou daqueles grupos católicos. Disciplina e hierarquia são libertadoras e garantem o que tem de ser preservado. Não tentem ensinar a Igreja Católica a sobreviver. Ela sabe como fazer. Outra hora volto a esse particular. Não destaco as minhas opiniões “polêmicas” para evitar que me rotulem disso ou daquilo. Eu estou me lixando para o que pensam a meu respeito. Escrevo o que acho que tem de ser escrito.

Aberração e militância

Ter tais opiniões não me impede de considerar que o tal PL 122 é uma aberração, que busca criar uma categoria especial de pessoas. E aqui cabe uma pequena história. Tudo começou com o Projeto de Lei nº 5003/2001, na Câmara, de autoria da deputada Iara Bernardes, do PT. Ele alterava a Lei nº 7716, de 1989, que pune preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional (íntegra aqui) acrescentando ao texto a chamada discriminação de gênero. Para amenizar o caráter de “pogrom gay”, o senador Marcelo Crivella acrescentou também a discriminação contra idoso e contra deficientes como passível de punição. Só acrescentou absurdos novos.

Antes que me atenha a eles, algumas outras considerações. À esteira do ataque contra três rapazes perpetrados por cinco delinqüentes na Avenida Paulista, que deveriam estar recolhidos (já escrevi a respeito), grupos gays se manifestaram. E voltou a circular a tal informação de que o Brasil é o país que mais mata homossexuais no mundo. É mesmo? Este também é um dos países que mais matam heterossexuais no mundo!!! São 50 mil assassinatos por ano. Se os gays catalogados não chegam a 200 — e digamos que eles sejam 5% da população; há quem fale em 9%; não importa —, há certamente subnotificação, certo? “Ah, mas estamos falando dos crimes da homofobia…” Sei. Michês que matam seus clientes são ou não considerados “gays”? Há crimes que não estão associados à “orientação sexual” ou à “identidade de gênero”, mas a um modo de vida. Cumpre não mistificar. Mas vamos ao tal PL.

Disparates

A Lei nº 7716 é uma lei contra o racismo. Sexualidade, agora, é raça? Ora, nem a raça é “raça”, não é mesmo? Salvo melhor juízo, somos todos da “raça humana”. O racismo é um crime imprescritível e inafiançável, e entrariam nessa categoria os cometidos contra “gênero, orientação sexual e identidade de gênero.” Que diabo vem a ser “identidade de gênero”. Suponho que é o homem que se identifica como mulher e também o contrário. Ok. A lei não proíbe ninguém de se transvestir. Mas vamos seguir então.

Leiam um trecho do PL 122:

Art. 4º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passa a vigorar acrescida do seguinte Art. 4º-A:

“Art. 4º-A Praticar o empregador ou seu preposto atos de dispensa direta ou indireta: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco)anos.”

Art. 5º Os arts. 5º, 6º e 7º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 5º Impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público: Pena: reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.”

Para demitir um homossexual, um empregador terá de pensar duas vezes. E cinco para contratar — caso essa homossexualidade seja aparente. Por quê? Ora, fica decretado que todos os gays são competentes. Aliás, na forma como está a lei, só mesmo os brancos, machos, heterossexuais e eventualmente cristãos não terão a que recorrer em caso de dispensa. Jamais poderão dizer: “Pô, fui demitido só porque sou hétero e branco! Quanta injustiça!”. O corolário óbvio dessa lei será, então, a imposição posterior de uma cota de “gênero”, “orientação” e “identidade” nas empresas. Avancemos.

“Art. 6º Recusar, negar, impedir, preterir, prejudicar, retardar ou excluir, em qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional: Pena - reclusão de 3 (três) a 5 (cinco) anos. ”

Cristãos, muçulmanos, judeus etc têm as suas escolas infantis, por exemplo. Sejamos óbvios, claros, práticos: terão de ignorar o que pensam a respeito da homossexualidade, da “orientação sexual” ou da “identidade de gênero” — e a Constituição lhes assegura a liberdade religiosa — e contratar, por exemplo, alguém que, sendo João, se identifique como Joana? Ou isso ou cana?

Art. 7º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida dos seguintes art. 8º-A e 8º-B:

“Art. 8º-B Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.”

Pastores, padres, rabinos etc. estariam impedidos de coibir a manifestação de “afetividade”, ainda que os fundamentos de sua religião a condenem. O PL 122 não apenas iguala a orientação sexual a raça como também declara nulos alguns fundamentos religiosos. É o fim da picada! Aliás, dada a redação, estaríamos diante de uma situação interessante: o homossexual reprimido por um pastor, por exemplo, acusaria o religioso de homofobia, e o religioso acusaria o homossexual de discriminação religiosa, já que estaria impedido de dizer o que pensa. Um confronto de idéias e posturas que poderia ser exercido em liberdade acaba na cadeia. Mas o Ai-5 mesmo vem agora:

“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero:

§ 5º O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica.”

Não há meio-termo: uma simples pregação contra a prática homossexual pode mandar um religioso para a cadeia: crime inafiançável e imprescritível. Se for servidor público, perderá o cargo. Não poderá fazer contratos com órgãos oficiais ou fundações, pagará multa… Enfim, sua vida estará desgraçada para sempre. Afinal, alguém sempre poderá alegar que um simples sermão o expôs a uma situação “psicologicamente vexatória”. A lei é explícita: um “processo administrativo e penal terá início”, entre outras situações, se houver um simples “comunicado de organizações não governamentais de defesa da cidadania e direitos humanos.” Não precisa nem ser o “ofendido” a reclamar: basta que uma ONG tome as suas dores.

A PL 122 institui o estado policial gay! E o chanceler no Mackenzie, Augustus Nicodemus Lopes, já é alvo dessa patrulha antes mesmo de essa lei ser aprovada.

O que querem os proponentes dessa aberração? Proteger os gays? Não há o risco de que aconteça o contrário? A simples altercação com um homossexual, por motivo absolutamente alheio à sua sexualidade, poderia expor um indivíduo qualquer a um risco considerável. Se o sujeito — no caso, o gay — for honesto, bem: não vai apelar à sua condição de “minoria especialmente protegida”; se desonesto — e os há, não? —, pode decidir infernizar a vida do outro. Assim, haverá certamente quem considere que o melhor é se resguardar. É possível que os empregadores se protejam de futuros dissabores, preferindo não arriscar. Esse PL empurra os gays de volta para o gueto.

Linchamento moral

O PL 122 é uma aberração jurídica, viola a liberdade religiosa e cria uma categoria de indivíduos especiais. À diferença de suas “boas intenções”, pode é contribuir para a discriminação, à medida que transforma os gays numa espécie de “perigo legal”. Os homossexuais nunca tiveram tanta visibilidade. Um gay assumido venceu, por exemplo, uma das jornadas do BBB. Cito o caso porque houve ampla votação popular. A “causa” está nas novelas. Programas de TV exibem abertamente o “beijo gay”. Existe preconceito? Certamente! Mas não será vencido com uma lei que acirra as contradições e as diferenças em vez de apontar para um pacto civilizado de convivência. Segundo as regras da democracia, há, sim, quem não goste dessa exposição e se mobiliza contra ela. É do jogo.

Ninguém precisa de uma “lei” especial para punir aqueles delinqüentes da Paulista. Eles não estão fora da cadeia (ou da Fundação Casa) porque são heterossexuais, e sua vítima, homossexual. A questão, nesse caso, infelizmente, é muito mais profunda e diz muito mais sobre o Brasil profundo: estão soltos por causa de um preconceito social. Os homossexuais que foram protestar na Paulista movidos pela causa da “orientação sexual” reduziram a gravidade do problema.

Um bom caminho para a liberdade é não linchar nem física nem moralmente aqueles de quem não gostamos ou com quem não concordamos. Seria conveniente que os grupos gays parassem de quebrar lâmpadas na cabeça de Augustus Nicodemus Lopes, o chanceler do Mackenzie. E que não colocassem com tanta vontade uma corda no próprio pescoço sob o pretexto de se proteger. Mas como iluminar minimamente a mentalidade de quem troca o pensamento pela militância?

Quando trato de temas como esse, petralhas costumam invadir o blog com grosserias homofóbicas na esperança de que sejam publicadas para que possam, depois, sair satanizando o blog por aí. Aviso: a tática é inútil. Não serão! Este blog é contra o PL 122 porque preza os valores universais da democracia, que protegem até os que não são gays…

Por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mulher perde mais da metade do peso só com dieta saudável e exercícios. Ela é contra cirurgia

qua , 17/11/2010 ruth de aquinoMulheres Tags: dieta, gordura, superação



Uma professora inglesa, de 25 anos, Harriet Jenkins, mostra com orgulho como a determinação a transformou numa outra mulher. Depois de 18 meses de total mudança de hábitos, alimentando-se de maneira saudável e fazendo exercícios, ela conseguiu perder metade de seu peso e hoje veste 10 números abaixo de seu figurino anterior. Ela chegou a pesar, no auge da obesidade, 168 kg. Em vez de biscoitos e doces, ela deu preferência a frutas, legumes e vegetais. A incrível história de Harriet foi publicada no site do jornal Daily Mail. O que torna a mudança mais surpreendente é que esse resultado não foi alcançado com a ajuda de uma cirurgia.



Leia o depoimento que ela deu à reportagem do Mail online:



“Minha vida é completamente diferente agora. Conquistei coisas que jamais imaginaria possíveis, como meu sonho de me tornar professora. Não é só porque eu pareço outra pessoa e peso menos, mas também porque me sinto mais confiante e, finalmente, estou contente co0migo mesma. Estou tão orgulhosa de ter reassumido o controle sobre minha vida…Não acredito que me sentiria da mesma forma se tivesse me submetido a uma cirurgia para redução de estômago. Gostaria que todos soubessem que a cirurgia não é a única saída para quem precisa perder enorme quantidade de peso. Há 18 meses, eu pesava mais de 168 kg, estava desempregada, as pessoas me diziam coisas horríveis na rua. E minha família receava que eu acabasse morrendo prematuramente, jovem demais. Agora, acho que nada mais é impossível; e quero compartilhar esse sentimento com o maior número possível de pessoas”.



Os problemas de peso de Harriet sempre existiram. Desde criança ela lutava com a balança. Mas realmente começou a engordar muito depois que seu pai adoeceu de repente do fígado, em julho de 2002. Harriet ficava no hospital comendo chocolate. Continuava a comer em casa. Em vez de enfrentar a tristeza, acabou perdendo o controle sobre a comida. Piorou depois da morte do pai em 2003. É o que os ingleses chamam de “confort eating”, quando você come demais para ter um sentimento de prazer, no lugar de um estresse ou um trauma psicológico. É uma forma de compensar. Ou de não pensar.



Harriet começou a estudar Francês numa universidade, mas ficava no seu quarto comendo sanduíche ou fast-food junto com uma garrafa de vinho. Formou-se, tentou um emprego, mas o tédio e a depressão a faziam submergir mais fundo na comida de maneira compulsiva. Foi então que amigos a levaram para um grupo chamado Slimming World, que ajuda obesos a se conscientizar de seu problema e, portanto, esforçar-se para emagrecer. O principal para ela é que, nesse grupo, ninguém a julgou nem a criticou nem a olhou com pena. Foi um alívio estar ao lado de pessoas que somente queriam ajudá-la.



Começou por uma revolução na alimentação. Trocou suas refeições gordurosas, fritas ou açucaradas, compradas prontas, por uma comida saudável e caseira, carne, peixe, frutas e legumes. Em um mês, suas roupas já estavam largas demais. Já vestia dois números abaixo. Pela primeira vez ela percebeu que controlava o que comia e não abusava mais nem de chocolates, vodkas ou coca-cola diet.


Foi então que comecou a se exercitar, caminhar, e se matriculou numa academia de ginástica. Hoje, ela corre regularmente. Ela perdeu 95 quilos no total.



Confira as fotos ao lado, feitas hoje em Londres para o Mail Online. Harriet posou junto a sua imagem antiga, feita em papel de pôster, colada sobre cartolina. E junto a suas calças antigas. Um passado que ela não esqueceu.



“O mais importante, ao perder peso, foi provavelmente descobrir quem eu sou – e poder perceber que gosto de mim de verdade”, disse Harriet, que hoje pesa 73 kg para uma altura de 1,72 m. “Eu costumava evitar multidões porque me sentia incomodando as pessoas. No meu grupo de dieta, percebi pela primeira vez que, mesmo imensamente gorda, eu tinha um valor como ser humano”.



A confiança de Harriet aumentou. Confiança nela própria e no mundo. Fez amizades. Mas, disse ela, sua maior conquista foi conseguir ficar de pé, diante de uma sala de aula cheia de alunos. Enfim, uma professora.



Quando leio histórias assim, de superação, com final feliz, como a de Harriet no Mail online, penso em como tantos milhões de seres no mundo são hostilizados por seu peso. A sociedade olha não só com desprezo mas com um certo ódio para pessoas muito acima do peso. Como se elas não tivessem direito de existir. Casos como o de Harriet provam que não é necessário partir para uma cirurgia invasiva e agressiva para ter um peso normal e saudável. Já escutei muitas histórias de gordos que comem ainda mais e se tornam mais obesos para poder se candidatar a uma cirurgia de redução de estômago. A obesidade mórbida é uma doença – física e psicológica. Como ajudar essas pessoas é um desafio, para a família e amigos. O maior desafio é dos próprios gordos: como eles podem ajudar a si mesmos.



O que você acha da história de Harriet? Conhece outras pessoas que poderiam mudar sua vida inspiradas nela? Ou apenas pouquíssimas pessoas obesas têm essa força de vontade?

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O BRASIL COM SERRA: MANIFESTO DE ARTISTAS E INTELECTUAIS

O BRASIL COM SERRA: MANIFESTO DE ARTISTAS E INTELECTUAIS: "Votamos em Serra! Ele tem história. Serra está na origem de obras fundamentais nas áreas da Cultura, da Educação, da Saúde, da Infraest..."

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ÉTICA NÃO É IDEOLOGIA

ÉTICA NÃO É IDEOLOGIA

Na verdade, uma se opõe à outra:

  • uma serve ao DEBATE e dele se serve. A outra, ao COMBATE, de preferência cego;

  • uma serve para dizer o que DEVE/PRECISA ser dito, do ponto de vista da MELHOR TOTALIDADE, o que implica pensamento, discussão, discernimento... A outra (laica ou temporal), para conquistar e manter aliados. Infelizmente, nem sempre vivos;

  • uma pensa em DESCOBRIR/REVELAR, outra, ENCOBRIR/JUSTIFICAR.

Já pensou se um socialista de verdade qualquer, após várias gerações de alimento, saúde e escola hipoteticamente boas e garantidas, se perguntasse: - para quê, se não se pode nem pensar (divergir)? - e agora? Sirvo pra quê, se não posso ter projeto de pessoa? - O que faço com essa educação e essa comida toda? - O que é mais importante o sistema ou a pessoa (a árvore ou a floresta)?

Seria inevitável a sensação de coisa, meio, utilidade. E não fim. Esse socialista poderia ser a blogueira cubana Yoani Sánchez (http://www.desdecuba.com/generaciony/), há não muito espancada em Havana junto com o marido. Por que, quando puderam, os povos alimentados e educados no “socialismo” escaparam a seus regimes? Seria impossível que Cuba e Coréia do Norte se esvaziassem, se permitissem viagem? Em 1981, por exemplo, uma multidão de cubanos invadiu a embaixada do Peru, querendo saída para qualquer parte. E sempre se pega gente em alto mar ou já na beira do capitalismo, arriscando tudo em boias que encheram com o próprio ar.

Sabe-se que, em tudo dedicado a transformar cidadão em beato; ideologia em religião e membros do partido em divindades, o ESTADO SOCIALSITA foi um PODER POLICIAL ABSOLUTO, do qual só se saiu morto, inválido ou fugido.

Nele viveu um POVO-CRIADO: não lhe cabendo a crítica, não lhe coube ser humano (diversidade, inteligência, projetos, personalidade...). E nisso, infelizmente o capitalismo, com o seu potencial de lucro, técnica, disputa consentida, contratos e imaginação, foi-lhe muito superior (onde ele não presta não é ele. É a sociedade...). Se barbárie sempre houve, e imperialismo é a lei da História, não resta dúvida: cada povo que cuide si; cada sociedade que estabeleça as suas regras; cada indivíduo que force a sua história.

Daí, a necessidade de OPOSIÇÃO. Cabe, aliás, a pergunta: para onde vão os que discordam de regimes autoritários (autoritário é quem não pode pôr em exame os seus próprios credos)? Convenhamos que, sendo o estado “socialista” um bloco monolítico que - ao mesmo tempo - legislou, executou e julgou (de acordo com códigos não escritos ou apenas editados); e, ainda, o empregador, o comprador, o vendedor e o editor exclusivos, foi, também, um espaço onde não se pôde falar em autonomia, reflexão, escolha: ÉTICA. Nem em DEMOCRACIA (expansão da sociedade para dentro de si mesma; permissão institucional para o DISSENSO...); ou CIDADANIA (poder de uma vontade se opor a outra, inclusive o Estado, desde que baseada em regra sancionada pelo próprio Estado). Tudo isso leva a crer que, sendo a única forma de socializar o ESTADO (para usar os termos da Profª Marilena Chauí), é a DEMOCRACIA a única forma de socialismo possível. E a EDUCAÇÃO, o seu principal meio. Veja-se que DEMOCRACIA não interessa a nenhum poder, mínimo que seja. Veja-se que não cabe ao poder a expansão da democracia. Mas ao não-poder. Não é esquisito que não se tenha conhecido escritores/pensadores o humoristas dentro do “socialismo”? E que, quando surgiram, eram contra e lhes foi feita a guerra devida! Não é engraçado que foram justamente os “socialistas” quem mais dizimou socialista? O que se pode falar com segurança, quando se refere a esse tipo de regime, é em uma IDEOLOGIA (propaganda ou a pílula dourada ou a mentirinha nobre, como dizia o importante Norberto Bobbio) que confisca. Confisca o quê? Tudo. A SOCIEDADE. Sociedade não: "POVO", a massa desorganizada e abstrata que a esquerda, como a direita, sempre quis para si. Daí as FOGUEIRAS INQUISITORIAIS que, como as da Igreja Católica, torraram RAZÃO. Não é de se estranhar que, mais de 2500 anos após os gregos e as inúmeras bibliotecas escritas por ex-comunistas e simpatizantes, ainda exista inteligência disposta a elogiar e até pretender estruturas sociais jogadas ao lixo por quem as experienciou? Seriam loucos esses povos?

Seria bobo crer nisso. Há uma incompatibilidade genuína entre esse modelo de sociedade e o ser humano: Comida, dormida e saúde não bastam a esse bicho. E quanto mais alimentado, saudável e escolarizado (e isso esteve longe de ser uma regra no socialismo), mais ele imagina (procura a sua FELICIDADE). Vêm, então, as demandas “naturais” (desejos) que o regime

não consegue acomodar. E por mais eficiente que fosse qualquer “socialismo” - o que jamais foi o seu forte - o choque sempre lhe foi iminente ou imanente. Trata-se do único regime que, se der certo, cai. Daí o dogma (ideologia) e a repressão. Não por outra razão, o PC chinês, conhecedor do submundo soviético e do seu próprio (o que incluiu os seus quintais asiáticos), preferiu, ele mesmo, cair fora. Note-se: no leste europeu, foi a sociedade que se livrou do regime. Na China, foi o próprio partido. Não é curioso?

Isso prova que nenhum estado se aprimora por si mesmo e que não há sistemas ideais ou necessariamente bons. O que pode haver são SOCIEDADES BOAS, isto é, que olhem para si mesmas, critiquem-se, procurem realizar os seus potenciais e tenham como primeiro objetivo a incorporação dos seus membros. Não é o caso da nossa e não devemos isso a imperialismo nenhum. Somos o que somos graças a nós mesmos: à nossa incapacidade cívica e imoralidade histórica (para voltar aos termos do excelente NADA É TUDO, de Eduardo Giannetti)
 
 
Texto Original:

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Os evangélicos e o governo do PT comandado por Lula


Pastor Jonathan, do Vale da Bênção

O forte apoio que evangélicos estão dando ao governo petista, faz lembrar o que aconteceu na Alemanha sob o governo de Hitler. A História é uma mestra sábia. Contudo, muitos não conhecem os fatos da História. Outros, bem instruídos, preferem “esquecer” a História.

Adolf Hitler tornou-se presidente da Alemanha a partir de 1933, pelo voto popular. Ele liderava o Partido dos Trabalhadores Nacional Socialista da Alemanha.

A ideologia do Nazismo começou a influenciar o Cristianismo naquele mesmo ano. No mês seguinte à sua eleição (março de 1933), em seu discurso espalhafatoso, demagógico, populista, Hitler fez uma promessa: “Os direitos das igrejas não serão atingidos”. Entretanto, cinco meses depois ele declarou. “A unidade dos alemães deve ser garantida por uma nova concepção do mundo, pois o Cristianismo, sob a forma atual, não está à altura das exigências”.

Era evidente a depreciação do Cristianismo como doutrina de Cristo. Apesar disso, o Conselho Superior da Igreja Evangélica, formada de luteranos e reformados, fez opção por colaborar com o Movimento Hitleriano. Então é iniciado o processo para criar um “cristo à imagem e semelhança das idéias hitlerianas”.

O Sínodo de Browne, na Saxônia, em 1933, comprometeu-se com o “novo cristo”, que iria fornecer um conteúdo teológico para um novo tempo e para uma nova comunidade. As igrejas evangélicas alemãs se adaptaram ao ideal hitleriano e procuravam justificar o regime emergente através do Movimento dos Cristãos Alemães. Tudo para agradar Hitler e outros líderes do regime, como Rosemberg. Até exprimiram a “alegria da igreja alemã em participar da formação de uma nação e do sentimento patriótico”.

Hitler era naquele momento o “salvador” dos alemães. O Pastor Juiu Leutherser estava muito animado. Era o dia 30 de agosto de 1933. Suas declarações: “Deus veio a nós por intermédio de Hitler”. “Temos apenas uma missão: sermos alemães e não cristãos” (A Cruz de Hitler, de Erwin Lutzer, Editora Vida, pg 127).

A declaração do grupo Cristãos Alemães, em 1934, era também totalmente favorável ao novo governo: “Adolf Hitler é nosso líder e salvador em nossa difícil situação. De corpo e alma estamos obrigados e dedicados ao estado alemão e ao seu Presidente. Essa servidão e obrigação contém para nós, cristãos evangélicos, seu significado mais profundo e santo” (Introdução à Teologia Sistemática, Millard Erckson, Vida Nova, pág. 177).

Naqueles anos a Alemanha experimentou um período áureo de progresso. Hitler e seus companheiros aproveitaram a boa maré. A economia alemã teve sucesso após sucesso. Havia muito dinheiro. Todo mundo estava super feliz com o novo governo. E é sabido que a popularidade de um governo cresce na proporção direta do bom desempenho econômico do país. Se o povo consegue casas, veículos, comida, roupa nova, possibilidade de fazer turismo, esse governo se tornará altamente popular. Não importa sua ideologia. Mesmo em um país considerado cristão, como o Brasil, não importa o que a cúpula governamental crê sobre a Bíblia, Jesus Cristo, Doutrina Cristã. Afinal de contas, se temos o céu na terra, por que se preocupar com Jesus e o seu Reino?

Mas Hitler não queria somente ser o “salvador” da Alemanha. Ele queria ser o “messias” para o mundo todo. Por isto, preparou um grande exército, gastou muito dinheiro com armas poderosas de guerra, e começou a invadir e dominar os países vizinhos. Em decorrência disso, em 1939 o mundo todo sofria com o início da Segunda Guerra Mundial.

Na sua loucura, Hitler precisou destruir os judeus para se tornar o messias. E, então, naqueles próximos anos seis milhões de judeus foram trucidados pelo nazismo de Hitler. Pastores foram presos. Alguns morreram. Os evangélicos alemães foram terrivelmente afetados pela aventura do pseudo-messias. E em 1945, quando terminou a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha estava arrasada e dominada por quatro países: Estados Unidos, Rússia, Inglaterra e França. O messianismo de Hitler durou pouco. Mesmo assim conseguiu fazer muitos estragos.

Impressionante as coincidências entre a Alemanha daquele período e o Brasil destes últimos oito anos. O partido que está no poder é liderado por pessoas cuja formação é o Marxismo ateu. É verdade que alguns dentre eles finjem ser cristãos. Até usam expressões cristãs como “graças a Deus”. Pura demagogia.

O Marxismo é uma filosofia política que se firma no ateísmo. O berço do Marxismo foi a Rússia, onde o governo marxista apregoava que a religião é o ópio do povo. Para se firmar, o governo inspirado no Marxismo tem que acabar com a liberdade de imprensa, amordaçar o Cristianismo e solapar o Legislativo e o Judiciário. Coisas que os que têm olhos para ver têm visto neste governo. Senão de fato, mas pelo menos tentativas.

O que dizer das propostas encaminhadas pelos líderes do PT com relação ao aborto, ao homossexualismo, ao casamento de pessoas do mesmo sexo oficializado pelo poder público, e tantas outras aberrações? O PT fechou questão sobre esses projetos. Estar ligado ao PT significa ter de votar com o partido nesses assuntos. Se discordar é expulso da agremiação.

Mesmo assim, tantos líderes evangélicos têm dado apoio incondicional a esse governo. Por que esses líderes evangélicos querem que o atual partido se perpetue no governo? Que interesses estão por trás desse apoio? É a História se repetindo? Esses líderes, tão embriagados com o sucesso econômico no Brasil, não conseguem perceber que podemos ver repetida a tragédia que o Cristianismo teve de enfrentar na Alemanha de Hitler? Será que no meio do povo que é liderado por esses pastores, não há ninguém com coragem para se levantar e mostrar-lhes que estão indo por um caminho muito perigoso?








sábado, 24 de julho de 2010

Blog do Waldeir: JESUS E MADALENA

Blog do Waldeir: JESUS E MADALENA: "Dono de popularidade alta e discurso baixo, Lula está mais inflado que os balões de Santos Dumont. Agora, deu para se comparar com personag..."

quarta-feira, 17 de março de 2010

O que não é conservadorismo: CAPC, Libertários e Ron Paul

O que não é conservadorismo: CAPC, Libertários e Ron Paul
Don Feder
Não vou tratar do espetáculo de aberrações libertárias que a Conferência de Ação Política Conservadora (CAPC) se tornou. (“Olha a senhora barbuda promovendo gays nas forças armadas e conduzindo a guerra contra o terrorismo do jeito que os franceses lutaram na 2ª Guerra Mundial.”)
Minha intenção não é condenar o parlamentar Ron Paul — que representa para o debate político sério o que uma comédia de televisão representa para uma pesquisa filosófica.
Não vou também abordar as tentativas de Grover Norquist de tornar o movimento conservador amistoso para com a guerra santa dos islâmicos. Norquist — que é membro da diretoria da União Conservadora Americana, a organização que criou a CAPC — é padrinho do Instituto de Mercado Livre Islâmico, que no passado era um dos patrocinadores da CAPC. (Será que eles cortam nossos impostos antes ou depois de cortar nossa cabeça?)
Meu propósito é usar esses exemplos para mostrar a ignorância e a ilusão generalizada com relação a uma palavra — e é uma palavra cuja compreensão correta é essencial para a sobrevivência dos EUA — conservador.
Só o conservadorismo poderá fazer com que os EUA recuem do abismo iminente: o pesadelo do socialismo, do entreguismo, do multiculturalismo, da ciência fraudulenta e da sodomia como liberdade civil — sodomia na qual o atual presidente dos EUA está determinado a nos atirar.
Mas as imitações de conservadores que entram na batalha armados com as teorias da esquerda não conseguirão conservar nada. A CAPC de 2010 mostra a desesperança do conservadorismo de lanchonete (pegue um pouco disso e um pouco daquilo e deixe de fora o que você não quer).
GOProud, um grupo de republicanos homossexuais, se orgulhou de ser um dos patrocinadores da CAPC neste ano. Como é que um conservadorismo baseado na lei natural pode acolher atos antinaturais em seu meio?
GOProud é prova viva de quantos jovens “conservadores” se deixarão seduzir por qualquer coisa que venha embrulhada no slogan da liberdade. Mas a liberdade não é um valor absoluto. (Aqueles que não conseguem imaginar nenhum valor mais elevado estão com sérios problemas de falta de imaginação.) Deixando isso de lado, os ativistas da liberação homossexual buscam poder sobre o resto de nós.
A essência da agenda gay é a participação forçada, ridicularizando a soberania popular.
Só dá para se concretizar a tentativa de desconstruir o casamento por meio de juízes ideológicos. Atualmente, 41 estados definem o casamento como a união de um homem e uma mulher — a maioria dessas leis foi decidida pelo voto do povo. O tão chamado casamento gay é uma tentativa da elite de alterar de forma radical uma instituição que é fundamento da sociedade e ao mesmo tempo ignorar os desejos expressos de maiorias esmagadoras.
A essência dos direitos gays é doutrinar nossos filhos em condutas que fariam um médico especialista em doenças do ânus ficar engasgado. Sua essência é criminalizar opiniões divergentes por meio de leis de crimes de ódio e leis limitando o que pode e não poder ser dito. É uma agressão frontal à liberdade de expressão e à liberdade religiosa. É liberdade só no sentido de que matar bebês em gestação é direito de escolher.
Por falar em atos antinaturais, Ron Paul venceu a eleição presidencial informal da CAPC, com 31% dos votos. Sem dúvida, só um quarto dos estimados 10.000 participantes votaram. Contudo, Paul foi o favorito indiscutível daqueles que se importaram o bastante para votar. Seus lacaios — lésbicas e prostitutas nazistas sequestradas por alienígenas e forçadas a falar sobre abolir o governo federal — estavam em toda parte.
Ron (que é conhecido por dizer que quem provocou o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 foram os próprios Estados Unidos) — agora há um modelo para os conservadores jovens imitarem. O parlamentar de uma remotíssima galáxia crê que a legalização da heroína, cocaína e prostituição é coerente com os princípios da fundação dos EUA, conforme ele explicou numa entrevista para John Stossel da TV ABC.
Paul, que é uma espécie de Jeremiah Wright com deficiência de melanina, crê que o ataque ao World Trade Center foi uma consequência negativa das políticas americanas no Oriente Médio. Como é que ousamos negar aos islâmicos sua rica herança — matar infiéis, escravizar mulheres e propagar sua religião por meio da espada?
Paul também crê que Israel criou o Hamas, e que a Guerra Fria foi um conflito desnecessário alimentado pela paranóia. Falta-lhe ainda dizer se foi Winston Churchill quem inventou a blitzkrieg.
Fico aqui imaginando o que foi que os EUA fizeram para incitar os muçulmanos a conquistar Constantinopla em 1453, a ocupar a Grécia e os Bálcãs, a subjugar a Espanha por quase 500 anos, a perseguir cristãos coptas e outras minorias religiosas e a promover massacres de judeus que varreram a Palestina nas décadas de 1920 e 1930. Mas tenho certeza de que Paul conseguiria nos dar um resumo.
Desde seu início no sétimo século, o islamismo tem sido a versão árabe das máfias de assassinos profissionais — mas sempre há os infiéis úteis prontos para jogar sobre os EUA a culpa de todos os atos islâmicos de livre expressão.
A conferência da CAPC incluiu também vozes de criaturas humanas que não padeciam de apatia e paralisia cerebral. Marco Rubio, candidato ao Senado da Flórida, observou de forma convincente: “Permitam-me ser claro acerca de algo. Esses terroristas não estão tentando nos matar porque os ofendemos. Eles nos atacam porque querem impor sua visão do mundo em tantas pessoas quantas puderem, e os EUA estão no caminho deles”. Os americanos que estão no caminho deles se chamam conservadores.
Então, o que é um conservador? Você não achará a resposta na conferência da CAPC de 2010, que teve uma reunião intitulada “Mentiram para você: Por que os conservadores genuínos são contra a guerra contra o terrorismo”. (Isso faria de Michael Moore, George Soros e Cindy Sheehan conservadores genuínos.) Outro debate de grande “interesse” foi anunciado como — “A segurança (como na segurança nacional) leva a melhor sobre a liberdade?” (Mas como é que dá para se ter liberdade sem segurança?) — e apresentou Bob Barr, ex-parlamentar e atual simpatizante da organização esquerdista ACLU.
Vamos começar explicando o que não é um conservador:
* Um conservador não é um libertário. Um conservador valoriza a liberdade (liberdade individual); um libertário presta culto a ela como se fosse uma divindade. O único valor político que o libertário reconhece é a liberdade. O libertário é o utopista da direita. A utopia da esquerda é um governo que inclui tudo. A utopia do libertário é um governo que não existe — ou quase isso. A esquerda crê que as pessoas são anjos corrompidos pelo capitalismo. O libertário crê que as pessoas são anjos corrompidos pelo Estado. O conservador crê que os seres humanos são imperfeitos — daí, são corruptíveis.
* Um conservador não é um embriagado de direitos. Ele crê em direitos sob o equilíbrio de responsabilidades. Ele sabe que o conceito de direitos sofre muitos abusos — por exemplo, o direito de uma mulher matar seu bebê em gestação, o direito de homossexuais servirem assumidamente nas forças armadas. Quando foi que o serviço militar se tornou um direito, em vez de um dever? Um cidadão idoso tem o direito de se alistar nos fuzileiros navais?
* Os conservadores e esquerdistas crêem em direitos, mas aplicam esse conceito de forma diferente. Os conservadores querem que você tenha o direito de criar e educar seus filhos, cuidar de seu negócio, expressar suas opiniões e dispor da maior parte de sua renda. A esquerda quer lhe dar o direito de cometer suicídio, usar drogas (o que na essência é a mesma coisa) e pegar uma doença de uma prostituta. Os direitos defendidos pelos conservadores apelam de forma absoluta para a maior parte da população. Os valores defendidos pelos esquerdistas apelam de modo geral para os viciados, os Tiger Woods e aqueles que estão em busca de uma escapatória da própria existência.
* Um conservador não é reflexivamente anti-governo — ele não odeia o governo. Um conservador crê que o governo é necessário. Limitado às suas devidas funções, o governo não é um mal necessário, mas um bem inegável. Quem dirá que foi errado o governo federal lutar para libertar os escravos — ou que foi errado os EUA destruírem a Alemanha nazista e acabarem com o Holocausto? Somente quando ultrapassa suas devidas funções, o governo se torna aquilo que foi criado para coibir — assassinato, roubo e outras formas de agressão.
* No entanto, um conservador é cético com relação ao governo em sua formação atual. Quando uma república se torna um regime — quando confisca 40% dos ganhos da nação, quando regulamenta os empreendimentos comerciais ao mínimo detalhe, quando estatiza indústrias inteiras com a desculpa de salvá-las, quando aleija a produtividade para deter um mito (aquecimento global), quando hipoteca o futuro para comprar votos no presente, quando a redistribuição de riquezas substitui os valores originais dos EUA?
* Um conservador não diz: “Sou conservador nas questões econômicas, mas nas questões sociais sou moderado”. Um conservador aplica princípios fundamentais de forma coerente. Ele entende que um político que não quer defender os bebês em gestação, o casamento ou a família acabará traindo o livre mercado e o governo limitado também — daí, esse é o motivo por que o senador Arlen Specter abandonou o Partido Republicano e passou para o Partido Democrata.
* Um conservador não presta culto aos indicadores da Bolsa de Valores. Ele compreende que a liberdade e o livre mercado dependem de um alicerce moral — que não dá para se sustentar uma economia saudável sem famílias saudáveis.
* Um conservador não é nem isolacionista nem intervencionista. Ele não anseia aventuras militares nem evita ações militares limitadas hoje para prevenir uma guerra de escala total no futuro. Um conservador crê no uso de força militar quando necessário, em busca dos justos interesses nacionais dos EUA.
* Um conservador não é John McCain, que traiu a direita regularmente durante 20 anos para ganhar os aplausos da grande imprensa, que o honrava com o elogio de “político independente”. Outros que também não são conservadores são Pat Buchanan (que acha que o Terceiro Reich foi mal entendido), Ron Paul, Newt Gingrich (que crê que um conservador tem de ter fé cega e aprovar automaticamente toda besteira que o Partido Republicano oferece para cargos públicos), o falecido William F. Buckley Jr. (que se escondeu atrás de um labirinto de afirmações a fim de evitar assumir posições que pudessem indispô-lo com seus amigos da elite) e David Brooks (o conservador criado na estufa do jornal esquerdista The New York Times) cujas colunas sobre Obama durante a campanha de 2008 pareciam anotações de flerte de uma fã na época do cio.
Ao explicar o autêntico conservadorismo, minha experiência é de certa forma mais ampla e profunda do que da maioria dos apresentadores de programas de entrevistas ou palestrantes da CAPC.
Uni-me a um grupo de estudantes que faziam campanha eleitoral para o candidato presidencial Goldwater em 1963. Fui líder da organização Jovens Americanos pela Liberdade quando era a única oposição eficaz contra a Nova Esquerda, um movimento político radical ativo nas universidades. De 1966 a 1972, lutei contra infames selvagens na Universidade de Boston.
De 1976 a 1979, fui o primeiro diretor executivo da organização Cidadãos em favor de Impostos Limitados, a filial em Massachusetts do movimento nacional de revolta contra os impostos. Fui diretor executivo da Fundação da Segunda Emenda por dois anos, e colunista do jornal Boston Herald por quase duas décadas (1983-2002). Estou atualmente lutando a guerra em muitas frentes, inclusive como escritor independente e diretor de comunicações do Congresso Mundial de Famílias.
Contudo, só comecei a compreender o conservadorismo depois de ler os livros “The Conservative Mind” (A Mente Conservadora), de Russell Kirk, e “Witness” (A Testemunha), de Whittaker Chambers, no final da década de 1970. Conforme explicou Kirk, diferente do liberalismo (que se transformou em esquerdismo), o conservadorismo não é um dogma, mas uma filosofia prática baseada num conjunto de princípios.
* Um conservador defende o governo constitucional. Ao interpretar a Constituição, ele crê na intenção original dos fundadores dos EUA, e abomina juízes que usam a Constituição como desculpa para remodelar a sociedade. O conservador crê que a Constituição dos EUA é o melhor método já idealizado para governar um povo livre. Ele também compreende que o espírito da Constituição tem como base a grandeza da civilização ocidental — que a Constituição é baseada nas experiências políticas da humanidade durante mais de dois milênios, começando de Jerusalém e passando por Atenas, Roma e Londres. Essas são as lições que a História pede que aprendamos.
* Um conservador sabe que a civilização ocidental tem como fundamento a fé. Tentar divorciar o conservadorismo da Bíblia é como tentar respirar sem ar.
* Um conservador compreende que cada geração não confronta um mundo criado de novo, mas em vez disso o mesmo velho mundo vestido nos modismos da hora. Excetuando os progressos tecnológicos e a rotação da sociedade de uma moda à outra, o mundo não muda, pois a humanidade não muda. A sabedoria de nossos ancestrais é o melhor guia para os que estão confusos.
* Um conservador celebra os EUA — sua história, herança e heróis. Ele é um patriota, não um nacionalista. Nacionalismo é lealdade cega que muitas vezes acaba em extremismo. O patriotismo é uma opinião consciente. Para os americanos, é reconhecer nossa grandeza nacional — que durante os 234 anos passados, os EUA têm sido um refúgio para seu povo e uma bênção para a humanidade.
* Um conservador defende nossa soberania, nossa língua e nossa cultura. Isso faz dele um defensor da segurança nas fronteiras e da língua inglesa, e um oponente do multiculturalismo, bilingüismo e políticas de identidade.
* O conservadorismo tem três colunas de sustentação — fé, família e liberdade. Tire qualquer uma e a estrutura se desmorona. A fé legitima a família ao baseá-la na eternidade. A família ensina as lições morais que possibilitam uma sociedade livre. Combinada com integridade moral, a liberdade cria o clima em que a fé e a família poderão florescer.
* O conservador não é um escapista, que evita enfrentar a situações desconfortáveis ou difíceis. Ele entende que há forças poderosas atuando no mundo — forças que desprezam o modo de vida americano e querem destruí-lo. Entre as maiores glórias dos EUA está que os EUA confrontaram e venceram tais ameaças duas vezes no século XX — ao vencerem o nazismo na 2ª Guerra Mundial e o comunismo na Guerra Fria. Agora, a ameaça é um islamismo expansionista cujas armas são o terrorismo e a subversão. O conservador entende que manter os EUA livres exige vigilância e sacrifício.
* Um conservador crê que a cultura é importante — que os meios de comunicação (notícia e entretenimento) e a educação informam as percepções, principalmente dos jovens. Quem controla a cultura controla o futuro. A grande tragédia dos séculos XX e XXI é que, embora a direita tenha ganhado vitórias políticas, a esquerda ganhou vitórias culturais que raramente dá para se reverter — se é que isso é possível.
* Um conservador crê na sociedade moralmente integra tanto quanto na sociedade livre — que sem integridade moral, os EUA não conseguirão permanecer firmes. Os fundadores dos EUA criam que as pessoas que são escravas de suas paixões carnais não demorarão em se tornar escravas dos outros.
* Um conservador despreza a veneração à igualdade, que sustenta que tudo é tão bom quanto tudo o mais (com a exceção dos brancos do sexo masculino) — que nenhum código moral, estilo de vida, sistema econômico ou político ou religião é melhor do que qualquer outra. Dá para se ver a estupidez dessa doutrina quando apresentamos as seguintes perguntas aos seus adeptos: Onde é que você preferiria passar os próximos cinco anos de sua vida — num arranha-céu de Manhattan, numa aldeia de Ruanda, num barraco em Gaza ou num campo de trabalhos forçados na Coreia do Norte? Quem você gostaria de ter como vizinho: um judeu religioso, um católico tradicional, um evangélico conservador, um satanista ou um muçulmano xiita?
* Um conservador confronta a realidade. Ele vê o mundo não como ele deseja que fosse, mas como é. Isso o diferencia do liberal/esquerdista e do libertário. A esquerda confronta a realidade do jeito que Neville Chamberlain confrontou Hitler em Munique, do jeito que Jimmy Carter confrontou o imperialismo soviético durante sua presidência lamentável e do jeito que Barack Obama confronta o desemprego elevado e os mega-déficits. Os escapistas agem como o avestruz: pegam a cabeça e enfiam na areia.
Com a exceção de algumas palestras magníficas de gente como Ann Coulter, Jim DeMint e Glenn Beck, a realidade não foi bem vinda na Conferência de Ação Política Conservadora de 2010. Anualmente, aumenta o número de pessoas que vão à conferência da CAPC, a União Conservadora Americana se beneficia do lucrativo negócio e o significado de tudo vai se perdendo cada vez mais. Não seria tão ruim se mudassem o nome para Conferência de Ação Libertária, Isolacionista, Islâmica e Homoerótica e Dia de Agradecimento ao Ativista Homossexual Harvey Milk.
Don Feder era colunista do jornal Boston Herald e agora é consultor na área de política e comunicação. Ele também mantém seu próprio site: www.donfeder.com
Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: GrassTopsUSA

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ritual de Magia Negra - Livro Denuncia Crimes Satânicos no Brasil e no Mundo

Ritual de Magia Negra - Livro Denuncia Crimes Satânicos no Brasil e no Mundo




Autor: Oxigenio records

No dia 08 de setembro de 2009 a Editora Naós lançou o livro Crimes Satânicos - Eles mataram em nome do diabo.

O livro além de denunciar o rapto organizado de pessoas com objetivo serem sacrificadas em rituais de magia negra dentro e fora do Brasil, apresenta casos que vêm acontecendo em todo o mundo.

Os crimes descritos nesse livro são de extrema violência e demonstram a urgencia em serem expostos para que a sociedade se mobilize contra essas práticas ocultas em nosso mundo.

O livro também fala da relação entre Serial Killers e cultos satânicos; cita casos famosos como Charles Manson, Richard Ramirez, David Berkowitz, Henry Lee Lucas, Ottis Tole, Condessa Bathory, Richard Ramirez, entre outros.

Entrevista com Léo Montenegro concedida á Gabi do Portal Momento Literário

1 - Quando você começou a investigação e qual foi a principal motivação que o levou a escrever o livro?

R: Tive acesso as fotos da cena do crime de um ritual satânico envolvendo a morte de criança de cerca de 2 ou 3 anos de idade. Ela foi sacrificada pela própria mãe em uma ritual de magia negra e teve seu coração arrancado e em seguida foi decapitada. Isso me motivou á denunciar esses crimes que estão acontecendo em todo o mundo. Não fazemos idéia do quanto isso é real, pois, a mídia não noticía esses crimes por duas razões:

1- Esses crimes possuem requintes de crueldade extrema á ponto de deixar muitas pessoas em estado de choque.

2- O envolvimento de pessoas influentes da sociedade que estão envolvidas no rapto e morte dessas pessoas.

Crimes Satânicos é em primeiro lugar uma denúncia.

2 - Durante as investigações o que mais lhe chamou atenção dentro do assunto?

R: Foram dois anos para concluir o livro Crimes Satânicos e o que mais me assustou foi a multiplicação de casos nesse período. Conforme eu ia escrevendo surgiam novos casos no Brasil e no mundo.

O que me espantou foi que na maioria desses casos haviam jovens envolvidos e muitos deles foram criados em um berço cristão mas que com o tempo acabaram se envolvendo com o satanismo.

Mas o que mais me chocou foram os vídeos Snuffs, antes de ver isso eu nunca tinha visto uma pessoa morrer e isso me abalou de tal forma que por vários dias eu não consegui dormir á noite, pois fechava os olhos e lá estavam as cenas.

Foram os piores dias da minha vida. Sinceramente, eu ainda não sei o quanto isso me afetou.

3 - No livro você fala sobre aliciamento de pessoas para cultos satânicos, de que forma se dá a divulgação dessa religião e como as pessoas são alcançadas por satanistas?

R: O satanismo tem se multiplicado em todo o mundo e esse crescimento se deve principalmente á liberdade que o satanismo conquistou no mundo todo. A internet se tornou sua principal ferramenta de aliciamento. Ela tem alcançado jovens e adultos que pensam ter encontrado no satanismo uma forma de expressar seu ódio contra a família, a igreja e o mundo. A Bíblia Satânica pode ser baixada gratuitamente em milhares de sites no Brasil e no mundo todo e toda essa facilitação somada á curiosidade acaba por contribuir com o crescimento do satanismo no mundo todo. Encontrei até mesmo sites e foruns na internet dedicados á auxiliar jovens cristãos convertidos ao satanismno, dando dicas de como esconder sua nova crença e até mesmo dando instruções de como agir na hora de contar á familia que era um adorador de satan.

Muitos dos jovens que comentaram sobre esse tópico eram evangélicos e até filhos de pastores.

4 - Rituais dessa natureza são altamente secretos, como você conseguiu as informações que precisava para o livro?

R: Me infiltrei em muitos fóruns e comunidades relacionadas ao satanismo e tive acesso á muita informação e notícias. Conversei com ex adeptos do satanismo e assisti documentários e artigos sobre o assunto. Porém, através de casos que estão vindo á tona puder somar muitas informações que acabaram sendo importantes para o livro.

Minha principal motivação não era atacar uma religião ou crença e sim denunciar os crimes promovidos por alguns cultos satânicos ou com motivação satânica.

5 - Qual a ligação entre a pedofilia e o satanismo?

R: Essa relação existe á muito tempo. Hoje no Brasil temos esse assunto em evidencia graças ao trabalho da CPI da Pedofilia, porém as redes organizadas de pedofilia são muito mais antigas. Nos anos 80 o culto satânico Templo de Set já estava sendo investigado por abusos sexuais de crianças e mesmo com tantas provas colhidas na época, ninguém foi preso. No livro Crimes Satânicos tenho falado sobre essa relação entre satanismo e pedofilia isso devido á facilidade que alguns cultos satânicos tem de raptar crianças, aliada a grande demanda da pedofilia no mundo todo. Alguns cultos raptam as crianças para a produção de vídeos snuff. Algumas dessas crianças são abusadas, torturadas e mortas das piores formas possíveis, tendo tudo isso gravado em vídeo que é em seguida vendido para redes organizadas de pedofilia. Muitas dessas redes são organizadas por cultos satânicos, ou, satanistas que tem como missão abastecer o mercado com esses vídeos snuffs.

Estima-se que a pedofilia arrecada anualmente cerca de 5 bilhões de dólares por ano, tendo usado a internet como forma de espalhar esse mal pelo mundo.

6 - O que são os vídeos snuffs, de que forma estão ligados ao satanismo?

R: Vídeos snuffs são vídeos com mortes e assassinatos reais que são filmados ou produzidos com o objetivo de serem comercializados. Quando comecei a pesquisar os cultos satânicos e rituais satânicos encontrei informações que relacionavam os vídeos Snuffs aos cultos satânicos. Desde á Mão da Morte nos anos 70 á 80, os assassinatos em Ciudad Juarez, até casos nos dias atuais apresentavam essa relação. Na internet existem milhares de vídeos de mortes e assassinatos reais, porém só são considerados vídeos Snuffs os vídeos que foram produzidos ou filmados com o objetivo de comercialização. Muitos falsos vídeos snuff tem surgido, tanto que quando comecei a escrever sobre os eles, eram considerados uma lenda. Mas, essa idéia caiu por terra quando eu assisti um vídeo snuff real. No livro Crimes Satânicos eu conto em detalhes a história e descrevo dois desses vídeos reais. Inclusive nesse livro eu busquei apresentar a existência desses vídeos e somente descrevi os reais que assisti isso com o objetivo de mostrar que vídeos snuff não são lendas, pois como reuni muita informação e inclusive um testemunho de uma pessoa de total confiança que viu um vídeo snuff em São Paulo, irei falar mais sobre o assunto em breve.

7 - Muitas das pessoas envolvidas em rituais satânicos saem impunes quando presas ou postas sobre investigação. Esse é o caso de Valentina de Andrade, que continua livre até os dias de hoje e é tratada em seu livro como responsável pela morte de muitas crianças, tanto no Brasil como na Argentina. Por que as investigações dos desaparecimentos de pessoas vítimas desses rituais dificilmente são levadas a sério ou conseguem ter um desfecho justo?

R: Creio que o motivo principal disso seja o envolvimento de "peixes grandes" do cenário político, policial e da infiltração de membros desses cultos no poder público. Um pais como o Brasil é o sonho de todo assassino e pedófilo. Um país onde a justiça tem seu preço e a impunidade é garantida mediante grandes somas de dinheiro, torna-se o paraíso para pessoas como Valentina de Andrade e outros criminosos que vivem do rapto e assassinato de crianças e jovens.

Eu gostaria de estar errado, mas para isso alguém teria que me responder a seguinte pergunta: Onde estão as milhares de crianças que somem todo o ano no Brasil?

8 - A ligação entre seriais killers e cultos satânicos é freqüente?

R: Muitos deles como Richard Ramirez são adoradores do diabo e pensam estar a serviços de satan ao cometerem seus crimes. Outros como Henry Lee Lucas faziam parte de cultos satânicos. Cultos como Matamoros acabam sacrificando pessoas ao diabo como forma de conseguir proteção de demônios para não serem presos ou prosperar nos negócios. Mudam as motivações, mas o envolvimento de muitos deles com o satanismo é bastante freqüente.

9 - Fale sobre um dos assassinos citados no livro que está envolvido com práticas de magia negra.

R: Vou falar sobre Ottis Tole, conhecido serial killer americano. Ottis Tole foi iniciado no satanismo por sua avó que o levava junto com ela ao cemitério para fazer rituais satânicos onde entre outras coisas ela comia cadáveres e as vezes levava pedaços deles para rituais. Ottis era chamado por sua avó de A Criança Demônio. Anos mais tarde Ottis começou a matar principalmente crianças que logo após serem violentadas eram canabalizadas por ele. Ele trabalhou para um culto satânico chamado A Mão da Morte; seu trabalho era raptar crianças e jovens para rituais satânicos e para a filmagem de vídeos snuff. Ottis matou centenas de pessoas. O Livro Crimes Satânicos traz uma entrevista com ele, onde conta tudo, inclusive como eram os rituais. Essa parte do livro não deve ser lida por pessoas sensíveis ou cardíacas, bem, creio que todo o livro é desaconselhável para algumas pessoas. No início eu tive medo de chocar as pessoas, mas descobri da pior maneira que é impossível tratar desse assunto sem causar comoção nas pessoas ou até mesmo não gerar polêmica.

10 - O livro Crimes Satânicos gerou uma grande expectativa por conta das denúncias apresentadas e por trazer á tona os crimes envolvendo o satanismo. A editora Naós que está lançando seu livro sentiu algum receio em lançá-lo?

R: Não, de forma alguma. A Editora Naós se mostrou bastante preparada para lançar o livro. A Naós é uma editora que tem um grande compromisso com a verdade e acabou encontrando em Crimes Satânicos um material que busca alertar a sociedade e o povo cristão sobre esse tema que para muitos é um mistério.

11 - Em algum momento enquanto você estava escrevendo Crimes Satânicos, você sentiu medo de sofrer represálias?

R: Sim, recebi um email com ameaças de pessoas ligadas á um dos portais que promoviam o satanismo e que mostrava um ritual satânico. Falo disso no livro. Pensei em parar de escrever por várias vezes, mas o motivo foi a luta espiritual que é falar sobre esse assunto. Muitas pessoas estavam orando por mim e isso me ajudou bastante. A leitura da Bíblia foi algo que me motivou bastante e me fez ver que realmente estamos em uma luta espiritual. Deus me deu forças e me capacitou a terminar esse trabalho.

de editora Naós

Publicado anteriormente em Dzai.